Roda de conversa debate o estudo de gênero no jornalismo

Texto: Priscilla Gomes

Revisão: Vera Sommer

 

Com o objetivo de promover a troca de informações e compartilhar pesquisas e referências, uma roda de conversa foi realizada após as apresentações de trabalhos sobre a temática “Estudo de Gênero em Jornalismo e Sensacionalismo”. 

Entre os trabalhos discutidos no dia 3 de setembro, estão “Pânico nas capas: A construção do sensacionalismo na cobertura do Caso Lázaro Barbosa”; e “Chacina de Itajá: o reforço dos estereótipos de gênero e a validação do assassinato de mulheres no discurso da cobertura Jornalística”.

Outros estudos em pauta incluíram “Análise dos estudos de violência de gênero no esporte”; “Indicativos de disparidade de gênero no jornalismo: um estudo quantitativo de 1985 a 2022”; e

Gabriele Vassolowski
Gabriele Vassolowski

e o ciclo de violências anteriores: uma análise da cobertura jornalística do Caso Wellen Kássia Cardoso”.

Mediada por Letícia Ávila, jornalista formada pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e doutoranda em Estudo de Gênero, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a roda de conversa foi um espaço para reflexões sobre o papel do jornalismo na perpetuação ou no combate às desigualdades de gênero.

Letícia ressaltou o crescimento do jornalismo feminino, destacando não só o aumento da presença de mulheres nos cursos de Comunicação, mas a produção voltada às causas feministas. “As jornalistas saem mais preparadas para atuar e fazer a diferença no mercado e também dentro das pesquisas”, afirmou.

A conversa também abordou casos em que mulheres foram retratadas de forma ofensiva pela mídia, sendo, muitas vezes, apontadas como culpadas pelos crimes de seus agressores. Foram mencionados episódios de misoginia enfrentados por profissionais da área, incluindo o caso recente de falas machistas dirigidas a uma jornalista pelo técnico do Palmeiras, Abel Ferreira.

O evento destacou a importância de uma abordagem crítica e responsável na cobertura jornalística, especialmente em temas que envolvem questões de gênero.

Cinema e feminismo

 

As pesquisas do Intercom Junior (IJ) Comunicação Audiovisual mostraram o papel feminino no cinema e deixaram em evidência mulheres na direção e no roteiro. Também destacaram a cinemática e diversas formas de analisar um filme explorando pôsteres, frames e gênero dos personagens. 

 

O trabalho em destaque foi “As mulheres e as representações do medo no cinema de terror brasileiro: um estudo sobre as personagens femininas do filme O Animal Cordial (2017)”, mostrando representações da mulher nos filmes de terror.

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