Texto: Duda Passos
Revisão: Vera Sommer
A catalisação dos streamings no sec. XXI foi assunto no GP ‘’Streaming e mercado de TV’’. As pesquisas relacionaram temas de liberdade de consumo, falta de controle na sociedade, engajamento nas micro séries e nova direção que as plataformas estão levando às produções.
Na apresentação do trabalho, Marcos José Vieira Curvello (UERJ) mostrou a percepção de futuro, exibida a partir de uma amostra do presente. Para ele, os objetivos das empresas de streaming se moldam conforme os índices de audiência, pois o nicho em que somos inseridos por um algoritmo gera uma falsa liberdade de aproveitamento de conteúdo pelo consumidor. Quanto à recente pauta de regulamentação das plataformas, o pesquisador afirmou: “Quero passar, sim, para a parte de regulamentação, porque eu acredito que as plataformas evitam isso’’.
Na pesquisa ‘’Mas, afinal, o que é maratonar uma série?’’, a professora Dra. Raquel Evangelista (UERJ) desmistificou diversas dúvidas sobre o entretenimento de séries: a dependência nas plataformas, o vício ou o entretenimento. Com a participação de jovens do RJ, entre 18 e 24 anos, em quatro grupos focais, entrevistas e enquetes, a professora percebeu que os usuários de plataformas de streaming têm capacidade média de autocontrole. Uma curiosidade deste estudo é que eles são capazes de comer, ir ao banheiro ou até ter relações sexuais enquanto assistem aos seriados.
Ainda houve a apresentação das pesquisas ‘’Pós-televisão e streaming: monitoramento das produções Originais da Netflix e as novas formas de produção e consumo de ficção seriada televisiva’’, por Felipe Ferreira de Souza Fulquim (UFG) e Alexandre Tadeu dos Santos (UFG); e ‘’As microsséries de um minuto’’, por Petronilio Filipe Costa Ferreira (UFF) e José Gabriel Meneses Sousa (Uniceuma).