Oficinas chegam ao fim no 47° Intercom

Texto: Adriane Serato

Revisão: Carlos Praxedes

O encerramento do 47° Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação Nacional, o Intercom, em Balneário Camboriú foi marcado pela realização de dez oficinas e minicursos os quais proporcionaram aos participantes uma troca de conhecimentos e vivências. Com temáticas diversas, algumas dessas oficinas destacam-se por abordarem temas importantes como a comunicação antirracista e a cultura digital.

A oficina “Guia para uma Abordagem Antirracista na Comunicação”, ministrada por Amanda Veríssimo da Silva e Janderson Pereira Jacques, trouxe como foco a construção do pensamento sobre os tipos de racismo existentes, desde o racismo individual até o racismo institucional, a importância, a influência e visibilidade de pessoas negras em espaços de poder. Buscou, ainda, traçar caminhos para um jornalismo antirracista, partindo de um entendimento crítico das heranças coloniais e da necessidade de promover a equidade racial na mídia.

“O Uso de Ferramentas de Inteligência Artificial em Práticas e Processos Mnemônicos na Cultura Digital”, ministrada por Talita Souza Magnolo e Valdemir Santos Neto, trouxe uma reflexão sobre os riscos e as oportunidades do uso de IA. Segundo os palestrantes, o aprendizado das máquinas, embora promissor, carrega um perigo latente: ao serem alimentadas com dados que refletem subjetividades e intenções humanas, essas ferramentas podem perpetuar vieses e distorções, o que torna necessário um uso responsável e ético dessas tecnologias.

Na oficina “Assessoria de Imprensa e Gerenciamento de Crise: Estratégias Eficazes para a Comunicação Corporativa”, ministrada por Michelle Ferreira Cafiero Soares, foram abordadas as técnicas de elaboração de comunicados de imprensa e ainda como funciona o gerenciamento de uma crise de grandes proporções.

Por fim, a oficina “A Educação Midiática numa Perspectiva Crítica: Hiperconectividade, Infoxicação e Mal-Estar Digital”, conduzida por Michel Carvalho da Silva, abordou os desafios da era digital, como a sobrecarga de informações e o papel dos formadores de opinião. A oficina também discutiu como a educação midiática pode capacitar as pessoas a serem protagonistas no processo comunicativo, ajudando a lidar de forma crítica com o fluxo de informações no mundo hiperconectado.

 

Foto: Maria Eduarda de Aviz

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