Texto: Carlos Praxedes
O painel Rotas Comunicacionais, perspectivas africanas, foi mediado pela professora Marialva Barbosa, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Os painelistas foram João Miguel, da Associação Moçambicana de Ciências da Comunicação e Silvino Lopes Évora, da Associação Caboverdiana de Ciências da Comunicação.
João Miguel fez um apanhado dos principais problemas que envolvem a Comunicação em Moçambique. Já Silvino Lopes Évora detalhou a história da Comunicação em Cabo Verde, os principais veículos de comunicação impressos durante o regime colonial como a Revista Certeza, Revista Claridade, Suplemento Literário Seló e a Revista Ponto & Vírgula.
Durante o regime de partido único, em Cabo Verde, Silvino falou sobre as especificidades do Jornal Terra Nova, mantido pelos padres Capuchinhos da Igreja Católica. Ele também destacou a reforma nos meios de comunicação estatais e as diferenças entre e depois da lei de imprensa que, até 1993, regulava todas as mídias no país africano.
A partir de 1993, começam a surgir leis setoriais para a Comunicação Social, bem como a regulação de acesso à profissão, com a emissão da carteira profissional para os jornalistas atuarem no país. Abordou, também, a instituição do código deontológico dos jornalistas, por parte do Sindicato da profissão, que instituiu o Estatuto Editorial dos órgãos de Comunicação Social e do Conseslho de Redação.
