GP de Comunicação e Esporte levanta série de questionamentos sobre jornalismo e futebol

Texto: Rachel Prates
Revisão: Vinicius Batista

A cada edição do congresso, pesquisadores têm a oportunidade de se reunirem para encontrar caminhos a serem seguidos em seus projetos acadêmicos. Dentre as muitas temáticas abordadas, o Jornalismo Esportivo fomentou o GP de Comunicação e Esporte.

Entre os trabalhos apresentados está o da jornalista e pesquisadora Paula Delgado (UFJF). Com o trabalho “A FlaTv como maior TV de clubes do Brasil”, ela abordou um confronto entre jornalismo e publicidade na cobertura televisiva do clube. “Esse trabalho surgiu a partir de uma paixão pessoal e profissional. Eu queria entender a FlaTV a partir do olhar de jornalista”, explicou Paula.

Logo após as apresentações, os comunicadores se reuniram para debater. Paula trouxe à discussão uma reflexão fundamental: onde está o jornalismo nas TVs dos clubes de futebol? A FlaTV, falando de Flamengo, é o jornalismo puro? Em meio a uma série de questionamentos, os pesquisadores sugeriram uma alternativa: nem todas as perguntas precisam de respostas. Na verdade, são as dúvidas frequentes que mantêm a pesquisa acadêmica ativa.

Quanto os jornalistas devem pensar em ética? Qual o risco da ética se defrontar com o amor por um time de futebol? É importante se envolver emocionalmente nas pesquisas? A partir dessas questões, foram debatidos episódios marcantes nos canais televisivos dos clubes brasileiros, como, por exemplo, a saída do técnico Jorge Jesus do Flamengo, em 2020.

Apesar das teses e opiniões divergentes, ao final, todos os pesquisadores concordaram sobre a importância dos debates nos GPs.  “A importância de trazer essa discussão pro Intercom é enorme, debater questões fundamentais na sociedade como o esporte, o futebol. As discussões incentivam e ativam a inovação. E nós, profissionais da Comunicação, precisamos inovar sempre”, afirma a pesquisadora.

Fotos: Rachel Prates

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