Popularização de informações no jornalismo científico e representação narrativa

Texto: Gabi Rudolf e Eduarda Machado

Revisão: Carlos Praxedes

 

Dentro das funções de um comunicador, é de extrema importância a capacidade de popularizar as informações técnicas e científicas de uma forma em que o público leigo entenda a narrativa abordada. Esse foi o tema da oficina “Criação de Conteúdos Digitais para a Divulgação Científica na Amazônia”,  nesta quarta-feira (4), durante o 47º Intercom Nacional 2024, em Balneário Camboriú.

O pesquisador paraense Francisco Soares Chagas de Souza enfatizou a importância do conhecimento sobre a Amazônia, entendendo que ela não é um vazio demográfico, como é popularmente entendido. Segundo o Instituto Evandro Chagas (IEC), a região amazônica brasileira possui 28 milhões de pessoas, e 75% da população amazonense vive nas áreas urbanas.

O congressista indicou, segundo seus estudos, a região Norte como um polo de produção de pesquisa e conhecimento científico, citando o Museu Paraense Emílio Goeldi, fundado em 1866, que é a mais antiga instituição científica da Amazônia. Nesse contexto, o debate que tomou palco pelos ouvintes à medida que a oficina aconteceu foi a importância de que os projetos realizados sobre o Norte sejam vocalizados por nortistas, para assumir a narrativa pelas “lentes de quem vive”.

A oficina concluiu com a importância de um trabalho conjunto entre o profissional da comunicação e o pesquisador envolvido no assunto para evitar imprecisões científicas, o uso de inteligência artificial para otimizar o tempo e fazer uma análise crítica, além de pensar na perspectiva do usuário, não subestimando seu público-alvo e explicar palavras difíceis do meio científico. 

Foto: Eduardo Gomes
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