Inteligência Artificial e seu problema na era da desinformação

“Quando foi que o brasileiro trocou o valor do leite da cesta básica para apostas em bets?”. Essa foi a pergunta realizada durante a palestra “Alfabetização em dados para a equidade e cidadania”, ministrada por professores no Intercom nesta quarta-feira, 4. A interrogativa busca evidenciar o problema crônico que a sociedade enfrenta na era da desinformação e da Inteligência Artificial.

Segundo um relatório divulgado pelo banco Itaú, o brasileiro perdeu cerca de R$23,9 bi com apostas em 12 meses. Os dados evidenciam o problema que a sociedade enfrenta na era digital. A professora Dra. Pollyana Ferrari, da PUC-SP, foi a primeira a palestrar. Em sua fala, trouxe pesquisas e debates aos participantes a fim de promover soluções para as questões que estão inseridas na sociedade.

Pollyana ressaltou que, na era da desinformação e das inteligências artificiais, os jovens e alunos recorrem a estes meios de comunicação quando se sentem sozinhos, o que se torna um problema. Neste sentido, ela destacou a importância da educação de dados nessa nova era digital e que, em sua visão, os comunicadores perderam para a Inteligência Artificial.

Em outro momento da palestra, Daniel Castro do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciou sua fala com a música do Cazuza “O tempo não para”. Daniel apontou em sua participação que a geração atual tende a pensar que será a última geração e que, por este motivo, trata tudo como se fosse algo novo, quando não é assim que as coisas acontecem.

Castro ainda questionou qual a diferença entre equidade e igualdade e afirmou que, entre este meio, é a equidade que se sobressai e capta o indivíduo. Em seu discurso repleto de críticas e questionamentos, ressaltou que a sociedade de hoje nunca esteve tão responsável pela aplicação de soluções. Daniel finalizou sua participação indicando que a disputa da era digital está nas mãos dos comunicadores.

A última palestra foi ministrada por José Messias, da UFMA/ UFF. Fazendo um tipo de intervenção nos ensinos fundamentais, o professor abordou “a virada afetiva na comunicação e na aprendizagem: mediação radical, lúdico e cognição atuada”, que consiste no estudo para uma articulação entre tecnologias e humanos.

Fotos: Eduardo Gomes

 

 

 

Post anterior
Oficina sobre cobertura esportiva em rádio reúne acadêmicos no Intercom
Próximo post
Os riscos da desigualdade em tempos de desinfodemia