Texto: Cristian Saramento
Revisão: Carlos Praxedes
Mesmo correndo risco de morte, fotojornalistas decidem expor suas vidas em guerras de facções, confronto entre exércitos e outras manifestações violentas. O comentário é de Lucas Morão Tavares, ministrante da Oficina Prática de Fotojornalismo no 47º Intercom, ao lembrar de situações que passou na cidade do Rio de Janeiro.
Lucas entende que o fotojornalismo é o ato de registrar momentos da história, em que o protagonista costuma ser a população. Estando no meio de manifestações e conflitos, fotojornalistas flagram, por exemplo, abusos policiais e questões de injustiça social.
Certo dia, Lucas iria fotografar possíveis traficantes na estação de trem, perto do Morro do Jacarezinho, mas foi impedido de fazer as fotos porque outros criminosos apareceram com armas de fogo. Na hora, estava com carro blindado, junto a um motorista de fuga. Porém, devido à experiencia do motorista, saíram ilesos.
“Não vale a pena você arriscar sua vida por uma pauta, mas, ao mesmo tempo, há a necessidade de se ter um jornalista em um ambiente de guerra”, admitiu o ministrante. Ou seja, o dever de se ter profissionais na rua se mostra cada dia mais importante, entretanto, é preciso ter noção dos riscos e da importância dos fotojornalistas na sociedade.
Pautas raciais no 47º Intercom
A imprensa brasileira não se redemocratizou ao tratar de movimentos populares, especialmente os relacionados às questões raciais. Neste cenário, surgem os cordeis brasileiros, que passaram a representar a população preta do país como protagonistas da história. Quem tratou dessa pauta foi o Jornalista Alberto Perdigão, que ministrou a Oficina “A Pauta da Negritude na Literatura de Cordel: O Folheto Como Mídia Antirracista”. Alberto também lançou no 47º Intercom a obra “Pretas e Pretos na Literatura de Cordel”.
